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EN SAN PABLO...IMIGRANTES OPINAN LO QUE ESPERAN DE LA GESTION DEL NUEVO PREFECTO EN SP.

Imigrantes que vivem em São Paulo dizem o que esperam da nova gestão municipal
5 janeiro, 2017
Por Rodrigo Borges Delfim

O que você espera da próxima gestão na Prefeitura de São Paulo? Essa foi a pergunta feita pelo MigraMundo a imigrantes residentes na cidade.

Imigrantes que vivem em São Paulo dizem o que esperam da nova gestão municipal

Nos depoimentos, fica claro o desejo tanto da manutenção de avanços obtidos nos últimos anos como a presença de pautas antigas das comunidades imigrantes. Em suma, ambos representam o desejo de o imigrante, independente de sua nacionalidade ou status migratório, ter direito de exercer sua cidadania e de ser reconhecido como parte integrante da sociedade.

Veja abaixo os recados de parte da população migrante para o novo prefeito, João Doria, e para os novos secretários:

“Desejo que os espaços culturais sejam valorizados,  que os articuladores culturais e sociais imigrantes sejam reconhecidos , eles são muito importantes – e já vimos essa importância, por exemplo, entre os imigrantes que atual ajudando as UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Acredito que a próxima gestão pode ser benéfica tanto para o imigrante como para o brasileiro, desde que se trabalhe com uma mesma sintonia. Não vamos ficar separando muito o brasileiro do imigrante. Ambos têm suas especificidades, mas deixar o imigrante relegado a um ambiente único é criar um gueto, e o imigrante não quer guetos. Ambos devem ocupar o mesmo espaço e poder discutir e lutar juntos pela cidade”.

Antonio Andrade, Bolívia. Idealizador e editor dos sites Bolívia Cultural, Planeta América Latina e Violência Não


“Tenho muitas duvidas depois dos eventos de 2016. Eu vi muitos lugares no mundo seguindo um caminho de populismo – uma forma de populismo que se inclina para a direita, mais nacionalista. Tenho medo de ver aqui as formas que vemos em outros países que percebem os imigrantes e refugiados como ameaça para a ordem regular do país. Queria ver ações e palavras que afirmem junto à população de São Paulo que todos sempre terão um lugar na cidade.

Greg Fischer, Estados Unidos. Missionário e idealizador da projeto Rostos da Migração


Na estação Luz do Metrô de São Paulo, tem uma mostra fixa sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Migrar, assim como a cidadania, é também um direito humano.

 

Espero que o prefeito Doria possa trabalhar para integrar cada vez mais imigrantes com paulistanos e continue com algumas políticas positivas de Haddad.

Jonathan Berezovsky, Argentina. Empreendedor social, cofundador e diretor do Migraflix


Como imigrante ou estrangeiro, sobre o plano institucional existe uma lei municipal dos imigrantes; existem as estruturas e os projetos que Haddad deixou. Por enquanto não sabemos o que o novo prefeito pretende fazer. Mas, como líder, gostaria que a nova gestão se abra para o diálogo com os coletivos de imigrantes e refugiados para uma discussão séria sobre as políticas de imigração na cidade de São Paulo, que queira consultar os próprios protagonistas, não as ONGs. Que o trabalho da gestão anterior tenha continuidade ou sejam melhorados os projetos que Haddad deixou no caminho. Muitas questões como moradia, acesso a trabalho formal , educação e saúde ainda precisam ser debatidos e melhorados, que são as pautas na lei municipal dos imigrantes. Enfim, espero que a nova gestão seja acessível e disposta a ouvir nossas sugestões e pontos de vista sobre esses assuntos. Gostaria que o novo prefeito considere o imigrante não como pessoa vulnerável, mas como uma pessoa para trocar ideias e experiências para melhorar a qualidade de vida dessa comunidade.

Christo Kamanda, República Democrática do Congo. Jornalista e ativista social


Imigrantes de diversas nacionalidades tomam parte anualmente na Marcha dos Imigrantes. – imagem da edição de 2016.

 

Neste ano esperamos a manutenção e defesas das conquista obtidas na administração anterior, assegurar esses avanços que são o resultado de muita luta da sociedade civil. Naturalmente trabalharemos para que estes sejam garantidos e ampliados. Para esse efeito, já enviamos a secretários da nova administração nossas demandas e apresentamos nosso desejo de continuar sendo parte ativa e atuante nesta novo ciclo de defesa de direitos para os imigrantes, por meio de documento escrito enviado à Patricia Bezerra (Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania), Gilberto Natalini (Meio Ambiente), Soninha Francine (Assistência Social e Desenvolvimento); e logo serão entregue a outros secretários como os de Cultura, Trabalho e Educação. Sabemos que hoje, como ontem e acredito assim sera amanhã, o poder esta em nós, sociedade civil, e devemos estar presentes, e participando, colaborando tanto com informação como com nossos saberes na tomada de decisões e construção de políticas publicas. Foi, é, e será sempre nossa luta. Temos recebido uma grata recepção nossos pedidos de escuta, por enquanto.

Oriana Jara, Chile. Ativista social, integrante da ONG Presença da América Latina e integrante do Comitê Intersetorial da Política Municipal para a População Imigrante


Muitos imigrantes só recebem o RNE (Registro Nacional de Estrangeiros) só depois de um longo tempo. E os imigrantes precisam desse documento para trabalhar. Acredito que a Prefeitura poderia ajudar os imigrantes a receber mais rápido esse documento

Rima Eissa, Síria. Fisioterapeuta, massoterapeuta e personal trainer autônoma

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